quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Dança em debate










Educação, Liberdade, Movimento

Arteducação
Dançar



Em mais um desses debates calorosos sobre se há ou não liberdade e autonomia dos corpos-que-dançam em meio à subjetivamentes1 capítalísticas2, questionando para pesquisa sociológica do meu TCC, se o ato de dançar promoveria a singularização3 dos corpos-que-dançam me veio a inspiração para escrever esse ensaio sobre Educação Construtivista. Queríamos entender se o ato de dançar iria além do chamado "corpo-dócil" ou "disciplinado" ou "modelo" de Foucault 4!!
Nada como  a empiricidade em muitas observações de campo dos  "corpos-que-dançam" em oficinas voluntárias nas escolas em que lecionei por esses anos, para ter coragem de publicar.

Escrevo em folha de oficio o que Clifford Geertz me inspirou a relatar neste momento:

Parecendo uma atriz em sua estréia, aquele “frio na barriga” ou como aconteceu com os atores balineses relatados por Geertz : “ Os atores balineses que observo entram no que chamam de "Lek", explico: "Lek" foi traduzido de várias maneiras, na maioria das vezes incorretamente como “ vergonha", é uma das traduções mais conhecidas, mas seu significado mais aproximado é algo assim como o que chamamos de” nervosismo de ator “.

O nervosismo de ator, como sabemos, consiste no medo que os atores sentem da falta de técnica ou de autocontrole, ou talvez por um simples acidente não sejam capazes de manter a ilusão estética do personagem deixando assim que o ator apareça por trás do papel que desempenha.

Como pesquisadora me sinto assim em meio a esse mundo de contrastes onde ousamos romper com esse “medo” de atuar, esrever, pintar ou "desterritorializar"5 e continuarmos em nossas trajetórias profissionais, inspirada por muitos pensadores: “O ponto de partida para o educador será então o mistério infinitamente atraente e árduo" 

Assim entendemos que o objetivo geral da Educação em Artexpressão/Dança é encorajar o desenvolvimento daquilo que é "individual"7 em cada ser humano. Entendemos que é através do “movimento" da dança o ponto de partida para inventar novos conceitos em meio a esse processo sistêmico vigente. 
Pensamos em desenvolver através da dança a lógica inversa, ou seja, efetivar o agenciamento, a singularização através da afirmação de outras sensibilidades, outras percepções dos "corpos-que-dançam-se-olham-se-olham-e-dançam" para entender  se quando participam das oficinas deixam que seu "corpo-sensação"4 se expresse?

" (..) “Quanto mais conhecemos as coisas como necessárias tanto maior é a potência da alma para pensar. Quem tem um corpo apto para um grande número de coisas possui uma alma cuja maior parte é eterna, eternidade não sendo imortalidade além-túmulo, mas identidade entre ser, existir e agir em ato.”(Chauí em Espinosa, Ethica, v, prop.36)


Como nas populações estudadas por Geertz em Bali, que temem a estréia, nos sentimos em cada oficina desbravadores porque também sofremos deste mal...

Assim pensamos que nada sabemos e que a cada encontro entendemos que o fundamental é saber que para ser um professor de dança não basta saber apenas a técnica.

Nanni (p 10, 1995): “ Para o professor de Dança a compreensão e a importância do movimento humano significa ter em conta as estruturas envolvidas em cada questão, em seus vários aspectos da vida, ou seja, a cultural, a social, a biológica e a psicológica. Torna-se, portanto, imprescindível entender o movimento sob seu aspecto interno como matéria viva, processo de evolução genética, como funções vegetativas, o ser desloca-se pela necessidade de subsistência e como função da relação. Estabelecer essa relação é libertar-se no espaço para explorá-lo e apropriar-se de suas dimensões nas dimensões espaços-temporais e com estes fatores expressar-se e comunicar-se com outros seres e estabelecer relação com o ambiente.”

Sem o denso tecido social não há humanidade, pelo menos  não como a concebemos: " (...) não há necessidade alguma de separar o monarca da peble: toda autoridadde é igualmente má. Há três espécie de déspota. Há o que tiraniza o corpo. Há o que tiraniza a alma. Há o que tiraniza o corpo e a alma. O primeiro chama-se Príncipe. O segundo chama-se Papa. O terceiro chama-se Povo." Wilde, Oscar. A Alma do Homem Sob o Socialismo. (L & PM POCKET vOL. 312? JULHO DE 2009).

Assim nosso propósito, além de cartografar os movimentos dos "corpos-que-dançam" é possibilitar sua liberdade de expressão, liberdade das "amarras" da atual configuração sistêmica.

Sabemos que o ser humano é extremamente complexo e diversificado, ainda mais se tratando de questões em subjetividades capitalísticas. Wilde em seu ensaio " A alma do homem sob o socialismo" nos diz: "Socialismo, comunismo, ou  que nome lhe dê, ao transformar a propriedade privada em bem público, e ao substituir a competição pela cooperação, há de restituir à sociedade sua condição própria de organismo inteiramente sadio, e há de assegurar o bem-estar material de cada um de seus membros. Devolverá, de fato, à Vida, sua base e seu meio naturais."


Tem muitas maneiras de olhar, pensar o corpo. Pensar um corpo que vai além da estética, do conceito de beleza. Porque sabemos que todo corpo contém inúmeros outros corpos virtuais que o indivíduo pode “atualizar” por meio da manipulação de sua aparência: roupas, cosméticos, atividades físicas; sabemos que estes corpos formam uma constelação de produtos cobiçados para exibir, como se fossem um cartão de visitas de carne e osso.

Não é nesse corpo que estamos interessados...
Pensamos ser a dança um desses vetores emancipatórios  dos "corpos-que-dançam", que buscam novos devires, ou que pelo menos seja um exercício para aproximar a função de autonomia educacional; podendo estar nas relações do cotidiano, em seu bairro, na sua comunidade, na sua escola, no grupo que faz teatro ou dança, enfim em grandes movimentos sociais.

Sabemos que a principal característica da produção capitalística seria a de bloquear processos de singularização e instalar processos de individuação, homens reduzidos à condição de suporte de valor onde a culpabilidade é uma função da subjetividade capitalística. A ordem capitalística é então projetada na realidade do mundo e na realidade psíquica.
Está claro, a partir do pensamento de Guattari e Deleuze, que ela incide nos esquemas de conduta, de ação, de gestos, de pensamento, de sentido, de sentimento, de afeto, etc. Nas montagens da percepção, da memorização, chega e atinge as categorias do Ego, Superego, Ideal do Ego.
Então a subjetividade capitalística fabrica a relação do homem com o mundo e consigo mesmo. Esse é o "corpo-dócil" que falamos acima.

Sabemos também que o corpo é objeto antropológico e para muitos estudiosos, como Kaufmann (1998) que o observa muito bem : “Diante de uma sociedade complexa, a pesquisa tende a se especializar, criando por vezes algumas fronteiras inadequadas. A que separa o corpo da imagem, organizando-os em dois mundos de reflexão distinta, é especialmente prejudicial na medida em que não ajuda a compreender o lugar cada vez mais importante do olhar na reunificação do saber”.(Org. Miriam Goldenberg, 2002, p. 91)

 O estudante de dança como o ator de Bali "demora" para "perceber" e fazer essa análise sociológica, mas ele sente, vibra, declara: "... Minhas crises asmáticas passam quando estou dançando... Adoro vir para as oficinas, fico feliz e sou outra pessoa depois da dança..."  Observamos nesse depoimento que houve mudanças subjetivas (auto-estima), houve oscilação, elevou a potência para novas singularidade e porque não o agenciamento de um "outro" corpo, o "corpo-sensação".


Comunicar-se através da expressão corporal em suas emoções, sentimentos e o desejo-sensação de estar dançando, atuando... 

É por aí que “mergulhamos”... decifrando esses "códigos corporais" e assim apreender essa  “matéria-prima” na aquisição do conhecimento de si, do outro à totalidade das ações e porque não ir reconfigurando um novo “lócus” educacional ou simplesmente um  “pano de fundo” no cotidiano familiar, de trabalho, enfim em suas relações sociais.


Mas para que seja um “lócus” de conhecimento recíproco é preciso que essa escola aceite, rompa seus velhos conceitos e dogmas institucionais.

Sabemos que essa é uma “fórmula” é audaciosa.

Sabemos da importância de resgatar essa matéria-prima filosofal e primitiva, antropológicamente falando, que está ali, "parada" “esquecida”, “adormecida” em corpos-dóceis e capitalísticos.
Que essa educação-tradicional por vezes não-dialógica que insiste em formar cidadãos e profissionais apenas para o mercado de trabalho possa repensar seus conceitos, ideias e valores e ir a debate para proporcionar um espaço democrático e responsável.

Através desse processo social associativo e cooperativo buscamos constantemente recriar novas formas de socialização em meio a essa sociedade paradoxal.

Para que esse jovem e sua práxis através do ato de dançar provoque um pensar, sentir e agir em ato, formatando novos atores e atrizes sociais em singularidades práticas que vão desde as mais banais como colocar o lixo no lixo até as mais relevantes que é uma nova sociedade!

Queremos ir além do corpo como uma moeda erótica...
Queremos seres "diferentes" que aceitem as "diferenças"... Sem medo e nem culpa...

Buscamos possibilitar um despertar de novas singularidades, menos individualistas e consumista de si, pela “culpa”, pelo “medo”, pelo “vigiar e punir” de Foucault. 

Dizemos não à opressão dos poderosos capitalistas, gananciosos e ansiosos por mais poder-ter, muitas vezes sem saber-poder para então poder-ser.

Sabemos que existem milhares de “corpos-dóceis-trágicos-e-prisioneiros-sistêmico”. Eles estão nas academias, nas dietas, nos desfiles de moda, ...
Pensamos ser possível através da Arteducação-Dança desconstrui subjetividades “capitalísticas”.

Pensamos em indivíduos independentes e criativos que possam passar por nós e deixar o seu recado, que possamos compartilhar seus devires.
Liberdade aos "corpos-dóceis"... O Mito da Caverna de Platão!!!
Matrix, Neo, Morféu: "Só sei que nada sei..." (Sócrates) KKKKKK!!!!!!

Não somos demagogos e Marx nos ensina que antes do homem fazer poesias ele precisa encher a barriga! Sabemos que a arte é elitista e aprova apenas o que mais lhe convém... Os maiores gênios morreram pobres, doentes e infelizes!!! Por que será???
A prova é a chamada contra-cultura!!! Os poderosos aparecem nas colunas de jornais e por traz uma ONG, uma CUT etc e tal...

Entendemos pela empiricidade desses anos em sala de aula e fora dela, que isso não é problema, e que paradigmas estão aí para serem quebrados. De certa forma não classificamos e nem conseguimos nos definir... Somos como um mosaico em constante mutação, com infinitas possibilidades, contruindo e desconstruíndo novos labirintos de expressão viva que não para de crescer...
Precisamos de territorialidade caso contrário enlouqueceríamos...

Sabemos que devemos levar em consideração dois princípios básicos de desenvolvimento dos corpos: o principio da totalidade, quanto às expressões culturais e sociais e o principio da especificidade, quanto aos seus sentimentos e expressões criativas.

E nesses anos estudando, compartilhando e cartografando os " Corpos-que-dançam-cantam-pintam", enfim que se banham na Arteducação observamos mudanças comportamentais relevantes à expressão do ser humano em sua motricidade-subjetiva.
Esse “descobre” que a dança lhe habilita conhecer melhor a si, ao outro e sua sociedade, ajudando-lhe a desenvolver sua inteligência que vai do micro ao macro-social.

Portanto segundo esquema de Kalakian & Goldman, 1976, “todo movimento leva a experiências sensório-motora que leva a percepção que por sua vez leva a cognição, chegando novamente ao movimento e a inteligência motoral e psico-social”.

Pesquisas atuais na área da neurociência tem reconhecido a importância das atividades motoras e começam a fazer estudos a respeito.

Sabemos que a evolução dos comportamentos motores, desde os primórdios da existência do homem, começa com movimentos naturais, como andar, correr, saltar, levantar, até evoluir para movimentos complexos. Desde nossos antepassados, das pinturas rupestres aos desenhos, das gravuras às esculturas e pinturas, podemos observar práticas corporais em diferentes ciclos da existência do homem.

Portanto o homem primitivo na luta pela sobrevivência e para explicar suas catástrofes dançou em rituais para aplacar a "fúria dos deuses", no que Ramos chamou de “Danças Rituais”, 1979, p16:

...”As sociedades primitivas viviam aterrorizadas por tudo que as cercava, considerando a sua sobrevivência como fator dos deuses, dando à sua vida, por conseguinte, um sentido ritual, de várias formas, que empregando a dança, manifestava o seu misticismo. Desde os tempos mais remotos, os exercícios corporais rudimentarmente sistematizados constituíam aos respeitosos nas grandes festividades inclusive no culto dos mortos...”.

Portanto já que não podemos vencer os"deuses" da burocracia educacional continuamos dançando, chamando atenção com este trabalho: diretores, orientadores, e convidá-los a praticarem esse constante e ilimitado relativizar para que possamos permitir que essa tão aclamada prática pedagógica acontece em sua "práxis", suavizando o pesado fardo do cotidiano social de nossos jovens e crianças "excluídos" do atual sistema sócio-econômico.

Quando professores ousam "alçar voo", "costurando" teorias´`à práticas criativas, fugindo do senso comum, os resultados são fantásticos: seres críticos, criativos e preparados para a pluralidade cultural.

E é através do motor propulsor chamado dança que navegamos há mais de dezoito anos.

Este desafio continua a cada dia, a cada oficina, a cada espetáculo, buscando incansavelmente esse relativizar para que esse “jardim” saia da teoria acadêmica e passa a "germinar" novas flores em "singularidades" "não-capitalísticas”!







Abraços.

Rosângela Beatriz Pereira Dias





Glossário

1Guattari, 1996, p..25 prefere falar em subjetivação, em produção de subjetividade, do que ideologia, o sujeito não como algo do domínio de uma suposta natureza humana (filo), mas um sujeito (ele) de natureza industrial, maquínica, ou seja, essencialmente fabricada, a arte de ser sujeito como “cultura-alma”e não como “cultura-valor”, porque para autor tais mutações da subjetividade não funcionam apenas por ideologias, mas no próprio coração dos indivíduos.

3Para designar os processos disruptores no campo da produção do desejo: trata-se dos movimentos de protesto do inconsciente contra subjetividades capitalísticas Guattari, 1996, p.15),

Nota: "... A dança é uma forma fundamental da expressão humana que provavelmente evoluiu junto com a música como uma maneira de gerar ritmo.  Ela exige habilidades mentais especializadas. Em uma área do cérebro está uma representação da orientação do corpo, que ajuda a direcionar nossos movimentos pelo espaço; outra área funciona como um tipo de sincronizador, tornando possível combinar nossos movimentos ao ritmo da música.  A sincronização inconsciente – o processo que nos faz marcar o ritmo distraidamente com os pés – é o reflexo de nosso instinto para dançar. Isso ocorre quando certas regiões cerebrais subcorticais se comunicam, desviando-se de áreas auditivas superiores.A neurociência da dança. Estudos recentes com imageamento do cérebro revelam algumas coreografias neurais complexas por trás da habilidade de dançar..." Steven Brown e Lawrence M. Parsons.

4 (Aurélio,1993, p.500):Impressão causada num órgão receptor por um estímulo e que, por via aferente, é levada ao sistema nervoso central).

2(Em( Guattari, 1996, p.15), encontra-se a seguinte explicação para o termo capitalísticos: “Guattari acrescenta o sufixo “ístico”a “capitalista”(...) (para) designar não apenas as sociedades qualificadas como capitalistas, mas também setores do “TerceiroMundo”ou do capitalismo “periférico” (...) que vivem numa espécie de dependência e contradependência do capitalismo...” através da afirmação de outras sensibilidades, outra percepção etc.)


9 ( Guattari/Rolnik,  Cartografias do Desejo. (1996, p.17).

6 ( Nanni, p.9,  1995).


5 (Org. Miriam Goldenberg, 2002, p. 113)
7 ( Wilde, Oscar, A Alma do Homem sob o Socialismo. (p. 27 e 28)  (...) A propriedade privada esmagou o verdadeiro Individualismo e criou um Individualismo falso. Impediu que uma parcela da comunidade social se individualizasse, fazendo-a passar fome (p. 27), (...) É verdade que, nas condições atuais, uns poucos homens que dispunham de recursos próprios, como Byron, Shelley, Browning, Victor Hugo, Baudelaire e outros, conseguiram dar expressão à sua individualidade de forma mais ou menos completa. Nenhum desses homens trabalhou um só dia como assalariado. estavam livres da pobreza, e esta foi sua grande vantagem. A questão é saber se, no interesse do Individualismo, essa vantagem deva ser eliminada. Suponhamos que ela seja...; Não me refiro ao Individualismo elevado, concebido na imaginação desses poetas que mencionei, mas ao elevado e verdadeiro Individualismo, virtual e latente em toda a humanidade. A admissão da propriedade privada, de fato, prejudicou o Individualismo e o obscureceu ao confundir um homem com o que ele possui. Desvirtuou por inteiro o Individualismo. Fez do lucro, e não do aperfeiçoamento, o seu objetivo. De modo que o homem passou a achar que o importante era ter, e não viu que o importante era ser. A verdadeira perfeição do homem reside não no que o homem tem, mas no que o homem é . A propriedade privada esmagou o verdadeiro Individualismo e criou um Individualismo falso. Impediu que uma parcela da comunidade social se individualizasse, fazendo-a passar fome (...)".

5-(Rolnik, 1986, p. 59-60) (...) “territorializar significa se situar no plano da macropolítica, ou seja é a política do plano concluído, plano dos territórios: mapa, no mapa delineia-se um contorno dos territórios, que cobre o visível, em todo processo de produção de desejo só neste plano há visibilidade, é o único captável a olho nu. A segmentação operada por essa linha dura, sedentária, molar, consciente dos territórios; que vai recortando sujeitos, definindo posições tipo homem-mulher, velho-novo...É como uma arvore, seu traçado evolui segundo um plano de organização previsível e controlável, um programa: raiz, eixo central e fixo, em torno do eixo as partes que, por sua vez, tornam-se eixos secundários e assim sucessivamente formando o todo. Princípio da individuação. ( Rolnik, 1986, p. 60-61 ) (...) “desterritorializar significa se situar no plano da micropolitica, ou seja, é a política do plano gerado em uma linha móvel: é a cartografia, onde o princípio de individuação, neste caso é inteiramente outro, não há unidades. Há apenas intensidades, com sua longitude e sua latitude; lista de afetos não subjetivados, determinados pelos agenciamentos que o corpo faz, e, portanto, inseparáveis de suas relações com o mundo.













domingo, 15 de novembro de 2009

Sensações



Vibra o corpo..

Calafrios...
Com alma
Sem vento
Sem corpo
Com frio...
Na espinha...


Que movimenta
A brisa...


Esquenta
Sentimentos


São momentos...
Fracionados momentos.
Momentos que viram
Instantes...
Acontecimentos
Insignificantes...


Em muitos...
Instantes...


Bichos em caprichos...
Medos em punições...
Sentimentos...
Mutações...
Transformam
Anseios
Em diversões...
Prazeres...
Sem medo, sem culpa...
É biológico e não sociológico...
Peles arrepiadas...
Genética...
Gerações...


Paridas
Perdidas
Assustadas
Condenadas
A não sentir
Amor...
Prazer em afetar
Deixar afetar.Quentes...


Instantes...


Fervilham paixões!!!
Bocas sedentas...
Corpo-sensação...
Da alma-corpo!
Do corpo-alma!
Do calor que transpira...
Inspira...
Desejos...


Essencialmente humano.
Em mergulhar nas profundezas da alma.
Do corpo-que-dança com paixão!!!
Que o dançar mude o rumo....
Que a utopia engoliu...
Bailar no seu calor...
Franco amor...


Desejos...
De alma presa...
Do corpo solto...
Que em momentos...
Liberta minutos...
Frações de momentos.


De desejos adormecidos...



Loucos para serem desnudados...
Desarmados...
Desejos atormentados por sensações de pecado...
Pecado Capital...
Do capitalismo vil...
Do Alien senil...
Buscando em poços...
O podre dos homens!!
Ganância insaciável...
Cura incansável...
Por onde estará...


Esses momentos?
Momentos...
Humm!!!
Sentir?
Sentir!
Sentir!!?


Vibrando
Em mim
Em ti
Em nós,
Almas toscas
Infinitas e toscas...
Loucas por tocar...
Afetar e deixar ser afetado...
O toque
O sentir
O tocar
As almas
Ansiosas
Por gritos de paixão
Presa por essa ilusão
Dos Corpos-que-punem...


Corpos-escravos-do-alien-consumo-propriedade-privada
Não-individualizada
Sim-coletivizada...
Pelos poderosos da mais-valia,
Das armas-de-poder
Armas de fogo...
Corpos-estendidos...
Crianças-fuziladas...
Crianças-que-fuzilam...
Ocapital...
O não-social...
Homens-com-almas-socialistas-democrácitos
Poder-saber para poder-ter...




O prazer de estar vivendo
E não, o prazer de estar tendo...

A dor, o sofrimento...
Almas aprisionadas...
Catalogadas, consumizadas
Status-quo...
Por ter e não ser...


E porquê não???
Corpos-racionais-emotivacionais-coletivisadores-relativistas-quânticos?




Em singularizações
Altruístas...
Em alma-corpo-paixão...


Liberdade pra mim...
A ti alma

Pra ti
Da alma
Do corpo
Do corpo
Das almas
Em Corpos-individualizados-plurais...
Não estatais, privativacionais, ditatoriais...
E ficar...


Sentindo, tocando...
Almas-próprias...
E não criadas...
Alienadas em poder-ter...


Viver...
Montanhas...
Planeta...
Alimento necessãrio...
Fora indústriais maquínicos...
Fora desperdício...
Jogadas nos lixos
Por um pensamento-social-construtivo-de-poder-saber-para-ter
Calorias necessárias..
Por dia...
Viver o dia...
Média de vida...
70 anos...


Quantos anos você têm?
O que fez até aqui da tua vida???
Oque faz agora por você-planeta???
Usa o Planeta para viver ou para se aparecer???


Mídia, sucesso, ilusão, poder...
Isso é utopia...
Isso sim que é utopia...
Isso  sim que é ser louco...
Isso sim que é querer morrer..
Enxurradas, tsunamis...
Vulcões, terremotos, meteóros...
Formigas-homens brincando de casinha...
Com uma diferença, trabalham para um sem fim..


Propriedade privada...


Minorias
Em maiorias...
Maiorias sem o planeta
Minorias dominam o planeta...


Porque apoiamos isso?
Absurdo do ego-poder!!!


Ilusão...
Paradoxo invertido.
Túnel sem volta, em buracos-negros do Ideal de Ego...
Paixões-dos-corpos...
Que apenas dançam...
Não pensam...
Não sentem...
Não agem...


Um corpo além da moeda-erótica...


Em cadeias...
Infinito...
Pôr-do-sol...
Simplicidade
Gente
Gente minha...
Corpos estendidos
Sentidos
Sabidos
Esculpidos...Corpos com almas


Não precisa ser gêmeas!!!
Por vezes sombrias,
Frias, ditatoriais, demagogia
Poderosas por grana e fama...
Ideal de Ego...


Perdidas...
Loucas por cor, sabor, prazer...
Moreno, branco, marrom, preto, pardo, cinza e belo...
Beleza além do corpo
Beleza dos pássaros...
Os pardais, belos sabiás...
Coloridos ou não...
Olhos negros, amarelos, vermelhos, azuis, cinzas, verdes...


Parecem cor-de-rosa


São olhos coloridos...
São lilás...
São olhos com lágrimas...
Do sabiá que sabia assoviar e
Quem sabe queria apenas tocar
Alguém...
Olhares, sabores...
Cheiros...
Doces...
Amargos...
Salgados...
Azedos...
Coloridos e pretos...
Sem cor...
Sem sabor...
Sedentos de Amor...






Autora: Rosângela Beatriz Pereira Dias







terça-feira, 10 de novembro de 2009

"Retrospectiva 45 Anos Cimol" - Como foi realizado o Espetáculo

Trabalho apresentado para a comunidade em comemoração dos 45 Anos Cimol, escola onde leciono e fui aluna no segundo grau.

Após espetáculo recebemos convite do acessor da Secretaria de Cultura de Taquara, Paulo Sobrinho, para participarmos do "II Encontro dos Historiadores de Taquara", evento realizado com parceria da Faccat. Apresentamos duas vezes no mesmo dia do evento, para professores, estudantes e comunidade do Curso de História da Faccat. Nesse mesmo ano (2007) recebemos novo convite para apresentar a Pesquisa no "XIX Raízes de Taquara". Esta pesquisa foi Publicada em novembro/2008, entre as demais pesquisas apresentadas no "XIX Raízes de Taquara".


"Retrospectiva 45 Anos Cimol"
Pesquisa Sociológica com grupo de alunos do Cimol , professores em parceria nas áreas de Informática, Matemática, Artes, Biologia.


Pesquisa investigativa
 A ideia do espetáculo de 20 min, que veio se chamar " Retrospectica 45 Anos Cimol", aconteceu logo após o convite feito pela Diretora do Cimol.

Fiquei tão a fim de contar essa História, estendi o convinte para a Prof. e colega Eliane Rebechi da Informática e a amesma ficou responsável pelas oficinas de Power-Point após pesquisa no acervo escolar. Precisávamos contar a história da Escola em 20min. É 45 anos em 20 min.
Os alunos atuais, alguns já formados participaram de várias reuniões e oficinas (dança, teatro, música, grafite e power-ponit) para contarmos a história da escola com Arteducação/Pesquisa Sociológica. 
Dividimos a história do Cimol em três períodos: "Anos 60, o Nascimento da Escola, Anos 70/80 Adolescência/Crise, Anos 90... Maturidade e Reconhecimento

Tínhamos três meses para a estréia. Material, Figurino, Artistas, Parcerias, Verbas.
Iniciamos Pesquisa Exploratória/ Acervo/Entrevistas.
Depois de algumas reuniões, definimos assuntos relevantes, os "recortes", para então selecionar material necessário para elaborararmos o espetáculo: músicas/criação de textos/falas/cenário/figurino... Pensamos unir Dança, teatro, Música ao vivo (Banda), Artes Visuais e Grafite.
Assim nasceu "Retrospectiva 45 Anos Cimol"



FOLDER ENTREGUE NO DIA DO ESPETÁCULO


1º ATO - O NASCIMENTO DA ESCOLA – ANOS 60


EM CENA I MÚSICA


BANDA PROJETO ABRE O ESPETÁCULO COM A MÚSICA MENINA LINDA(RENATO E SEUS BLUECAPS) - E IMAGENS DE ÉPOCA APRESENTADAS NO POWER-POINT.

–MARIANE MARQUES DE OLIVEIRA - VOZ E VIOLÄO (TURMA 23)
–WILLIAM FELIPE VALANDRO - GUITARRA BASE (TURMA 14)
–FAGNER SOUZA DA SILVA - GUITARRA E TECLADO –SOLO (TURMA 17)
–BENHUR FLESCH CAMBORN – BAIXO (TURMA 15)
–LEONARDO DOS SANTOS SARMENTO – BATERIA (TURMA 17)


EM CENA II TEATRO


PERSONAGENS ALUNA DIALOGANDO COM SUA MÃE QUE FOI PROFESSORA DO CIMOL, COM A INTENÇÃO DE INVESTIGAR FATOS HISTÓRICOS PARA ELABORAR A APRESENTAÇÃO DO DIA 11 DE JULHO DIA DO ANIVERSÁRIO DA ESCOLA

–SABRINI MÖLLER - PROFESSORA E MÃE (TURMA 34 E DESIGN DE MÓVEIS)
–DEISI VIVIANA DOS SANTOS - ALUNA E FILHA (TURMA 26)



EM CENA III BAILARINAS


ENTRAM DE KOMBI REPRESENTANDO A PRIMEIRA TURMA DE FORMANDOS DO CIMOL DANÇANDO A COREOGRAFIA CRIADA COM A MÚSICA SPLISH-SPLASH.

–GISLAINE KNAPP DE MORAES(T.11) - SCHIRLEI CRISTI BAUER(T.16) –JANAINA MONICA SOARES(T.11) - ELLEN SARMENTO(T.16) –CARLA JEANINI H. MARQUES(T.24) - - BRUNA F. DE MELLO(T.16) –HELLEN SHAYANI LEÃO DA SILVA(T.32) - NATALIA DE ASSIS TERRA(T.16)–VANESSA DE MOURA BARTOSKI(T.25) - DENISE MALIKOVSKI NUNES(T.24)–PAMELA ROCHA DE ÁVILA(T.16)


2º ATO – TEMPO DE AMADURECER - ANOS 70

EM CENA I MÚSICA


BANDA PROJETO COM A MÚSICA.....(CREDENCE) E IMAGENS DE ÉPOCA APRESENTADAS NO POWER-POINT

EM CENA II TEATRO


 ALUNAS DIALOGANDO SOBRE DIFICULDADES FINANCEIRAS DA ESCOLA


–SIMÉIA M. FOLMER DA SILVA(T.31)
– MARIÂNGELA DÖRR(T.11)
–JENIFER MACHADO FARIAS(T.34 E CURSO DE ELETRÔNICA)


EM CENA III TEATRO

MÃE E FILHA - RELATOS SOBRE AS MUDANÇAS OCORRIDAS NESTA ÉPOCA


–SABRINI MÖLLER - PROFESSORA E MÃE (TURMA 34 E DESIGN DE MÓVEIS)
–DEISI VIVIANA DOS SANTOS - ALUNA E FILHA (TURMA 26)



3º ATO - TEMPOS MODERNOS – 1990 à 2007

EM CENA I MÚSICA


BANDA PROJETO APRESENTA MÚSICA RÁDIO PIRATA(RPM) E IMAGENS NO POWER-POINT DE PROJETOS E EVENTOS E DA ESCOLA NOS ANOS ATUAIS.




AGRADECIMENTOS

A TODOS AQUELES QUE COLABORARAM PARA A REALIZAÇÃO DESSE ESPETÁCULO EM ESPECIAL AS PROFESSORAS E ALUNOS COLABORADORES.
POWER POINT- PROF. ELIANE REBECHI- PESQUISA-ACERVO, POWERPOINT, PINTURA DO GRAFITE–JADIR LUDWIGGRAFITE E PINTURA(T. 25)
JUARES DAS SILVA DUARTE JR – GRAFITE E PINTURA(T. 14)
PROF. KAMILA DE OLIVEIRA SEEFELD - ENSAIOS – MATEMÁTICA
PROF. MÁRCIA CATTANI MOURA – (KOMBI E TOGAS) – ED. ARTÍSTICA
PROF. MÔNICA ADRIANA GARCIA - ENSAIOS – BIOLOGIA
PROF. ROSÂNGELA DIAS - IDEALIZADORA, PESQUISA-ACERVO, POWERPOINT, DIÁLOGOS, PRODUÇÃO ARTÍSTICA (COREOGRAFIA/TEATRO),ENSAIOS



quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Por Rose Bia Dias

S.O.S - Crianças do Mundo/Pobres e Ricas


Quando se grita... 
Mundo!!!  
Justiça!!!
Algo vibra...

É cega...
Sei...
Senso comum...

Te vira "vagabundo"...
"Zé Carioca"...
"Zé Ninguém"...
Vai trabalhar, ganhar teu pão...
Sei lá...
Vai roubar do teu patrão...

Porque vou,
Espiar na fechadura do salão...

Movimentar...
Alguém na prisão...

Sei que é ser "carão", "lage", "sem vergonha"...
Mas o que tu "quê"???
Ladrão espia o cafetão...
Circulação...
É, dinheiro na mão...
Vendaval...
Marginal...
Verdinhas...
Metrôs mindiais...
Capitais...

Homens e Mulheres bombas...

Trilhos dos trêns...
Nos pontos de ônibus...
Nas sarjetas, nas esquinas...
Na contramão...
Escuridão... Prostitutas...
"Hummmmmmmmm!!!!"
Dólar...
Gringo “bão”...
Movimentando o galpão...
Correria...
Galerias do porão...
Frio na barriga...
Depois calorão...
Carrão...
Mulheres e homens por algum tostão...
Cheiração...
Fumacê...
Cachimbo da morte...
Chegou aqui em casa também...

Ah é tu vai ver... "Bico de Luz"... "Dedo duro"...
Pólvora é o que tu vai “vêe”, "mané"...

"Ehehehehe, milhões pra valer... Manda fuzilá"...
Alouuuu!!!! Sim!!!
"Aks 47 pro Nenen"...
Granadas ...
Grana, poder é o jogo!!!
Guerra é guerra...

Crianças, jovens...
Pequenos-grandes ladrões...

Seres...
Menino de Aveyron!!!
Meninos e Meninas Favelados!!!!
Mundo...
Planeta...
Universo...
Revoltem-se...
Com Gandhi...
Com paz...
Crianças nos salvem!!!
Por favor!!!!
Adultos cruéis que somos...
Please!!!
S.O.S Adultos...

As luzes das cidades ascendem...
Começa a batalha dos "deuses"...
País que a gente “quê”...
“Todo rolandolerísmo dá nisso”!!!
Expressão ouvida na tv por um senador do brasil...
A Mega Sena da Virada...
Arruda é o ganhador...

Pode? Quem votou neles?
Eu?
Putz... Sei lá não lembro...
São tantos “mamando nas tetas”!!!
Progressistas, Petistas, Peemedebistas...
Lavagem de dinheiro...
Azeredos, Joaquins, Dirceus, Joãos, Jeffersonnnnssss...
Mensalão...
Malas na mão!!!
Ah agora é Arruda... Meias, Palitós, Envelopes,,, Nossaaaaaa!!!
Panetones...
É melhor...
Malas!!!! Mais grana...
Buaáaááááá...
Eleição?
Voto em branco?
Nãooooooo!!!

Tropical...
Vento...
Brisa...
Bacanal...
A fome é legal...
A Cut é legal...
Canibal...
MST original...
Salvem a Amazônia!!!

De quem???
Do Chico Mendes ou da Dora???
Dos Ahaninkas ou Curumins...
"Selvagens"???
Eles...
Ou nós civilizados???

Reforma agrária???
O que vai ser da CUT???
Desvio de grana???
Crime???
Roubar galinha?
Propriedade Privada?
Propriedade Coletiva?
Sovietes... Bolcheviques...
Muro de Berlim... Ditaduras sem fim.

Sem lei...
Massacre...
Ditatorial... Sem individualização... Imposição...
Guerra Fria... Horrores sem dados...
CIA, KGB, Homens de Preto, Nasa, Área 51...
Poder-ter, Poder-saber!!!

Informação.
Conhecimento...
Olhem as mãos...
Perseguição...
Olhem os olhos...
No fundo deles...

Povos da Floresta!!!
Santo Daime...
União do Vegetal...
Floresta do Mundo...
Povos da Floresta...
Mãos calejadas...
Arar a terra...
Quem tem terra?
Índios do Brasil?
Biopirataria... Ahahahhahah...
Dívida Externa Paga??? KKKKKK...

Quem fez a partilha?
Sesmarias... Revolução Industrial...Ouro Negro...
Primeiros cortiços...
Fábricas e galpões...
Favelas atuais...
Soterrados...
Os barracos...
As mansões...

Natureza faz a Revolução?
Extinção???

Tristeza não tem igual...
Só o samba anima o pessoal?
Samba raiz, sabe, isso sim que é bom!!!
Loucura pra fugir do cotidiano aprisional...

Morte, a única certeza racional...
Loucura???
Razão???

Barulho infernal...
O caveirão...
Maioral...
Sabe como é, tal e tal...
Rotina semanal...
Terminando com o pagode do Vidigal...
Alegria terminal...

Fogos...
Preparar o arcenal...
General...
Senhores do Morro...
Calam as batidas dos pandeiros...

Clientes afoitos e sedentos...
Crianças, jovens guerreiros...

Engrenagem dos terreiros...
Futuro traiçoeiro...
Senhores das armas...
Investimento a curto prazo...
Lucro, mais-valia...
Fruto do suor...
Trabalho, é só isso...
Vendas... Capital...
Guerra, controle, tráfico...
Corpos, órgãos, armas, ...
Drogas???

Adultos...
Grana...
Crianças do mundo...

Holocausto...
Todos os dias...
Toda hora...
A cada minuto...
Segundos...
Foice...
Covas comuns...
Indigentes...

É tem muita gente...
O planeta é um só...

Nepal... Camboja, Vietnã, Hiroshima, Nagasaki, Venezuela...
Amigo do Lula lá... quem diria...

América, Europa, África, Oceania...
Sobrou?
Antártida e Pólo Norte.

Ufa sem sangue humano...
É que lá não tem gente...
Só tem urso, pingüins...
Ah, mas é sangue igual?!

E lá que tá a água doce do planeta...
Dos dois tipos de animais
O Racional e o Irracional...
Que tal?

Humm, e o degelo?

Enchentes... Catástrofes...
Tsunamis...
Planeta Vivo...
Homens-formigas...
Casas atingidas...
Escuras, frias...
Esperando o próximo grito de horror...

Guerra civil...
Raios iluminam os becos...
Sombrio...

Maus encontros...
A foice...

Tempestades...
Furacões...
Pixotes...
Tropas de Elite...

Geração Beat!!!
Poetas do Brasil...
Em verdades...
Acordamos...
Em mentiras...
Afundamos...
Juntos...
Detonamos...
Com palavras...

Fora armas!!!
Fora Lulas!!!
Fora Estado de "Bem-estar-social"!!
Fora o podre-poder...

Corrupção...
Descarada...

Felinos!!! Amaldiçoados!!! Canibais...
Fedor... Podre... Vômitos... Escrotos...
Rebeldia... Movimentos Sociais...
A polícia prende...

Políticos saiam dos esgotos...
Melhor, vazem pra eles!!!

E Viva!!!
Bezerra da Silva, Gil, Caetano, Titãs, Raulzito, Paralamas, Engenheiros, Racionais, Rappa... Pink Floyd...

Não sou tijolo pra levar tiro!!!
“Another brick in the wall”...

Sou gente, branca, negra, amarela, azul, mameluca...
Ah é, sou pobre...
Ah sim, "pobre"...
É claro...
Não podre, fedido, demagogo e hipócrita.

O que adianta viver com o banal?
Com medo do vendaval???

Crianças-Sábias...
Na hora certa...
Farão...
Farta alegria...
Viver e viver...

A engrenagem girou.
Esquecida.
Desconstruída.
Amalgamada.
Enterrada.
Futuro é agora...
Que não seja mais confundida.

Em consumo total!!!
Civilizacional...
Cidadão neo-liberal!!!

Em ser apenas mais um peão...
Em jogo de azar.

"Povão". "Pobres"."Ferrados".
Sem renda.
Sem poder de compra...
Excluídos...
A margem...
No limite...
Sem saída...
Incêndios...
Florestas...

Em selvas de pedras...
Nova Ioque, Paris, São Paulo, Tóquio, Cingapura, Nova Deli, Hong Kong...

Migrações para onde tem comida!!!
"Revolução migratória" para Negri...
Fronteiras... Livres...
Riqueza...
Países do Norte.

Castas, Classes...
Xenofobias...
Neo-nazistas-stalinistas-fundamentalistas- terroristas-capitalistas.
Poder.

Alienação.
Mito da Caverna.
Platão.
Ilusão.

Aconteceu...
Vibrou...

S.O.S em mim,
Anarquia em ti.
Paradigmas pra eles!!!
Revolução pra todos!!!
Minorias-em-maiorias...
Marx, socialismo científico.
Lênin, Trostky, socialismo real.
Stalin, comunismo ditatorial.

Ilusão???

Não, sangue...
Inferno Capital...
Paraíso fiscal...
Suíça  e Brasil não só do carnaval...


Aos poetas e poetisas...
Às crianças do Brasil...
Às crianças do Mundo...
Às crianças do Universo...

A geração que não morreu na praia...

Algo vibrou aqui...
Em mim...

Dizem os intelectuais franceses que o Brasil será o país da Revolução Cultural!!!

Meio-paradoxal!!!

S.O.S Planeta.
S.O.S Universo.
S.O.S Brasil.


Sem essa de deitado eternamente...

É...
Algo mais terá que mexer aqui...

Mais do que o Brasil Varonil...

Ir além do intelectual...
Precisa ser sobrenatural...
Meio paranormal...
Ser Fênix...
Ter uma teoria com espírito de justiça...
S.O.S.

Rose Bia Dias


05/11/09