domingo, 10 de julho de 2011

O livre Pensador?

Por Rosângela Beatriz Pereira Dias

O que é relevante?
O que somos ou quem nos tornaremos?
É o que gostamos ou o que nos disseram que era "gostoso"?
O que vem primeiro?
Nossos gostos ou os produtos?
Somos "indivíduos-escravos" de padrões e modelos pré-estabelidos?
Ou seríamos seres livres e sabedores daquilo que escolhemos?

Por mais que pareça banal, interessa e é fonte de especulações? Ou isso tudo seria fruto da imaginação? Tudo está "normal"? Estamos em uma "Guerra de Informações-Mentes-Tecnológicas"?
Ou seria tudo rumores, fofocas? A subjetividade coletiva é o que interessa?
Poder-ter ou Poder-ser?
Poder-Ter-Para-Poder-Ser...
Paradoxal...
Informacional...
Fome... Tecnologia...
FOME?
Jovens cientistas...
Estão preocupados com suas teses e teorias, que nem acreditam nas rupturas.
Afinal é tudo tão complexo.
Porque e quem legitima a “Nova Ordem Mundial”?
Porque e quem determinada a “Ideologia Dominante”?
Porque  a “Subjetividade Coletiva” é relacionanda diretamente com o "Capitalismo Senil" no livro "Império” de Antônio Negri?
Essa  Ordem Vigente e Hegemônica possui realidades sociais distintas e abissais, isso é óbvio.
Então “tudo” se explicaria pela lógica do mercado?
Quem legitima somos todos nos, é claro, mas por quê?
Porque aceitamos a cultura-valor imposta pela Elite Dominante Mundial?
Afinal não Somos Livres?
Por quê não conseguimos Ser?
O problema está na “cultura do valor”, “cultura dos gostos e desejos” e na “individualização do ego”. (Guattari). Parafraseando Guattari, o grande embate do capitalismo está acontecendo e sempre aconteceu na produção de subjetividade capitalista.

Como o Sistema Capitalista de tempos e tempos se "reelabora", principalmente com a mundialização dos meios de comunicação, acredita-se em mais um bom tempo nessa formatação.
Discordo que ele esteja terminando, a não ser que caia um meteóro, catastrófes naturais...

O Capital, diz Marx, está permanentemente adaptando-se, vive de suas crises.
Uma só classe se beneficia; àquela que detêm os Meios de Produção.
A "mais-valia" acontece naquilo que chamou de "Acumulação Primitiva de Capital", ou seja, o lucro do patrão não está na troca de mercadorias e sim no momento em que é produzida.
O burguês apropria-se da força de trabalho (proletariado) em troca de um salário chamado mínimo (alimentação, moradia, lazer, transporte, saúde, educação), vendem para sobreviver sua força de trabalho intelectual ou braçal e depois precisam comprar novamente todos os produtos que ajudaram ou "ganharam" para produzir e fazer o mercado girar, o trabalhador precisaria trabalhar apenas 6 horas por dia para ter seu sustento (salário mínimo), mas ele trabalha 8 horas, essas 2 horas são o excedente, o Lucro, que ele ao aumular reinveste na produção de sua fábrica.
Com pouco Poder de Compra não sobra para poder acumular e assim sempre fará parte da maioria na lógica capitalista; os Proletariados Mundiais, que hoje são cerca de 80% da populção mundial. 75% vivem com menos de U$1 dólar por dia. E o Planeta Terra é imenso e poderia abrigar e sustentar a todos se o Sistema Social Estrutural fosse baseado nos valores de necessidade da maioria da população mundial; "os que comem não dormem com medo dos que não comem"...
O Capitalismo Financeiro não chegou na sua fase senil, ele tem muitos anos de vida, infelizmente.
Mas porque não entrarmos em um consenso mundial? Acordo com todas as Ongs, ONU, FMI, Direitos Humanos etc? Porque ele mexe com nossos gostos, desejos, sentimentos,  "cultura-valor", mexe com a cultura do medo, do ego, do individualismo-narcizista. Então, quem é o Homem Moderno?
Um-Pensador? Um-Programado-para-Pensar? Um-que-não-Quer-Pensar-Nisso?

Esta grande fábrica que aí está montada produz uma subjetividade social até mesmo quando sonhamos, quando fantasiamos, quando nos apaixonamos”.(Fêlix Guattari/1996).

 
Trabalho de Política III Ciências Sociais realizado em Dezembro de 2002/2  e revisado em 10/07/11.

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