domingo, 15 de novembro de 2009

Sensações



Vibra o corpo..

Calafrios...
Com alma
Sem vento
Sem corpo
Com frio...
Na espinha...


Que movimenta
A brisa...


Esquenta
Sentimentos


São momentos...
Fracionados momentos.
Momentos que viram
Instantes...
Acontecimentos
Insignificantes...


Em muitos...
Instantes...


Bichos em caprichos...
Medos em punições...
Sentimentos...
Mutações...
Transformam
Anseios
Em diversões...
Prazeres...
Sem medo, sem culpa...
É biológico e não sociológico...
Peles arrepiadas...
Genética...
Gerações...


Paridas
Perdidas
Assustadas
Condenadas
A não sentir
Amor...
Prazer em afetar
Deixar afetar.Quentes...


Instantes...


Fervilham paixões!!!
Bocas sedentas...
Corpo-sensação...
Da alma-corpo!
Do corpo-alma!
Do calor que transpira...
Inspira...
Desejos...


Essencialmente humano.
Em mergulhar nas profundezas da alma.
Do corpo-que-dança com paixão!!!
Que o dançar mude o rumo....
Que a utopia engoliu...
Bailar no seu calor...
Franco amor...


Desejos...
De alma presa...
Do corpo solto...
Que em momentos...
Liberta minutos...
Frações de momentos.


De desejos adormecidos...



Loucos para serem desnudados...
Desarmados...
Desejos atormentados por sensações de pecado...
Pecado Capital...
Do capitalismo vil...
Do Alien senil...
Buscando em poços...
O podre dos homens!!
Ganância insaciável...
Cura incansável...
Por onde estará...


Esses momentos?
Momentos...
Humm!!!
Sentir?
Sentir!
Sentir!!?


Vibrando
Em mim
Em ti
Em nós,
Almas toscas
Infinitas e toscas...
Loucas por tocar...
Afetar e deixar ser afetado...
O toque
O sentir
O tocar
As almas
Ansiosas
Por gritos de paixão
Presa por essa ilusão
Dos Corpos-que-punem...


Corpos-escravos-do-alien-consumo-propriedade-privada
Não-individualizada
Sim-coletivizada...
Pelos poderosos da mais-valia,
Das armas-de-poder
Armas de fogo...
Corpos-estendidos...
Crianças-fuziladas...
Crianças-que-fuzilam...
Ocapital...
O não-social...
Homens-com-almas-socialistas-democrácitos
Poder-saber para poder-ter...




O prazer de estar vivendo
E não, o prazer de estar tendo...

A dor, o sofrimento...
Almas aprisionadas...
Catalogadas, consumizadas
Status-quo...
Por ter e não ser...


E porquê não???
Corpos-racionais-emotivacionais-coletivisadores-relativistas-quânticos?




Em singularizações
Altruístas...
Em alma-corpo-paixão...


Liberdade pra mim...
A ti alma

Pra ti
Da alma
Do corpo
Do corpo
Das almas
Em Corpos-individualizados-plurais...
Não estatais, privativacionais, ditatoriais...
E ficar...


Sentindo, tocando...
Almas-próprias...
E não criadas...
Alienadas em poder-ter...


Viver...
Montanhas...
Planeta...
Alimento necessãrio...
Fora indústriais maquínicos...
Fora desperdício...
Jogadas nos lixos
Por um pensamento-social-construtivo-de-poder-saber-para-ter
Calorias necessárias..
Por dia...
Viver o dia...
Média de vida...
70 anos...


Quantos anos você têm?
O que fez até aqui da tua vida???
Oque faz agora por você-planeta???
Usa o Planeta para viver ou para se aparecer???


Mídia, sucesso, ilusão, poder...
Isso é utopia...
Isso sim que é utopia...
Isso  sim que é ser louco...
Isso sim que é querer morrer..
Enxurradas, tsunamis...
Vulcões, terremotos, meteóros...
Formigas-homens brincando de casinha...
Com uma diferença, trabalham para um sem fim..


Propriedade privada...


Minorias
Em maiorias...
Maiorias sem o planeta
Minorias dominam o planeta...


Porque apoiamos isso?
Absurdo do ego-poder!!!


Ilusão...
Paradoxo invertido.
Túnel sem volta, em buracos-negros do Ideal de Ego...
Paixões-dos-corpos...
Que apenas dançam...
Não pensam...
Não sentem...
Não agem...


Um corpo além da moeda-erótica...


Em cadeias...
Infinito...
Pôr-do-sol...
Simplicidade
Gente
Gente minha...
Corpos estendidos
Sentidos
Sabidos
Esculpidos...Corpos com almas


Não precisa ser gêmeas!!!
Por vezes sombrias,
Frias, ditatoriais, demagogia
Poderosas por grana e fama...
Ideal de Ego...


Perdidas...
Loucas por cor, sabor, prazer...
Moreno, branco, marrom, preto, pardo, cinza e belo...
Beleza além do corpo
Beleza dos pássaros...
Os pardais, belos sabiás...
Coloridos ou não...
Olhos negros, amarelos, vermelhos, azuis, cinzas, verdes...


Parecem cor-de-rosa


São olhos coloridos...
São lilás...
São olhos com lágrimas...
Do sabiá que sabia assoviar e
Quem sabe queria apenas tocar
Alguém...
Olhares, sabores...
Cheiros...
Doces...
Amargos...
Salgados...
Azedos...
Coloridos e pretos...
Sem cor...
Sem sabor...
Sedentos de Amor...






Autora: Rosângela Beatriz Pereira Dias







terça-feira, 10 de novembro de 2009

"Retrospectiva 45 Anos Cimol" - Como foi realizado o Espetáculo

Trabalho apresentado para a comunidade em comemoração dos 45 Anos Cimol, escola onde leciono e fui aluna no segundo grau.

Após espetáculo recebemos convite do acessor da Secretaria de Cultura de Taquara, Paulo Sobrinho, para participarmos do "II Encontro dos Historiadores de Taquara", evento realizado com parceria da Faccat. Apresentamos duas vezes no mesmo dia do evento, para professores, estudantes e comunidade do Curso de História da Faccat. Nesse mesmo ano (2007) recebemos novo convite para apresentar a Pesquisa no "XIX Raízes de Taquara". Esta pesquisa foi Publicada em novembro/2008, entre as demais pesquisas apresentadas no "XIX Raízes de Taquara".


"Retrospectiva 45 Anos Cimol"
Pesquisa Sociológica com grupo de alunos do Cimol , professores em parceria nas áreas de Informática, Matemática, Artes, Biologia.


Pesquisa investigativa
 A ideia do espetáculo de 20 min, que veio se chamar " Retrospectica 45 Anos Cimol", aconteceu logo após o convite feito pela Diretora do Cimol.

Fiquei tão a fim de contar essa História, estendi o convinte para a Prof. e colega Eliane Rebechi da Informática e a amesma ficou responsável pelas oficinas de Power-Point após pesquisa no acervo escolar. Precisávamos contar a história da Escola em 20min. É 45 anos em 20 min.
Os alunos atuais, alguns já formados participaram de várias reuniões e oficinas (dança, teatro, música, grafite e power-ponit) para contarmos a história da escola com Arteducação/Pesquisa Sociológica. 
Dividimos a história do Cimol em três períodos: "Anos 60, o Nascimento da Escola, Anos 70/80 Adolescência/Crise, Anos 90... Maturidade e Reconhecimento

Tínhamos três meses para a estréia. Material, Figurino, Artistas, Parcerias, Verbas.
Iniciamos Pesquisa Exploratória/ Acervo/Entrevistas.
Depois de algumas reuniões, definimos assuntos relevantes, os "recortes", para então selecionar material necessário para elaborararmos o espetáculo: músicas/criação de textos/falas/cenário/figurino... Pensamos unir Dança, teatro, Música ao vivo (Banda), Artes Visuais e Grafite.
Assim nasceu "Retrospectiva 45 Anos Cimol"



FOLDER ENTREGUE NO DIA DO ESPETÁCULO


1º ATO - O NASCIMENTO DA ESCOLA – ANOS 60


EM CENA I MÚSICA


BANDA PROJETO ABRE O ESPETÁCULO COM A MÚSICA MENINA LINDA(RENATO E SEUS BLUECAPS) - E IMAGENS DE ÉPOCA APRESENTADAS NO POWER-POINT.

–MARIANE MARQUES DE OLIVEIRA - VOZ E VIOLÄO (TURMA 23)
–WILLIAM FELIPE VALANDRO - GUITARRA BASE (TURMA 14)
–FAGNER SOUZA DA SILVA - GUITARRA E TECLADO –SOLO (TURMA 17)
–BENHUR FLESCH CAMBORN – BAIXO (TURMA 15)
–LEONARDO DOS SANTOS SARMENTO – BATERIA (TURMA 17)


EM CENA II TEATRO


PERSONAGENS ALUNA DIALOGANDO COM SUA MÃE QUE FOI PROFESSORA DO CIMOL, COM A INTENÇÃO DE INVESTIGAR FATOS HISTÓRICOS PARA ELABORAR A APRESENTAÇÃO DO DIA 11 DE JULHO DIA DO ANIVERSÁRIO DA ESCOLA

–SABRINI MÖLLER - PROFESSORA E MÃE (TURMA 34 E DESIGN DE MÓVEIS)
–DEISI VIVIANA DOS SANTOS - ALUNA E FILHA (TURMA 26)



EM CENA III BAILARINAS


ENTRAM DE KOMBI REPRESENTANDO A PRIMEIRA TURMA DE FORMANDOS DO CIMOL DANÇANDO A COREOGRAFIA CRIADA COM A MÚSICA SPLISH-SPLASH.

–GISLAINE KNAPP DE MORAES(T.11) - SCHIRLEI CRISTI BAUER(T.16) –JANAINA MONICA SOARES(T.11) - ELLEN SARMENTO(T.16) –CARLA JEANINI H. MARQUES(T.24) - - BRUNA F. DE MELLO(T.16) –HELLEN SHAYANI LEÃO DA SILVA(T.32) - NATALIA DE ASSIS TERRA(T.16)–VANESSA DE MOURA BARTOSKI(T.25) - DENISE MALIKOVSKI NUNES(T.24)–PAMELA ROCHA DE ÁVILA(T.16)


2º ATO – TEMPO DE AMADURECER - ANOS 70

EM CENA I MÚSICA


BANDA PROJETO COM A MÚSICA.....(CREDENCE) E IMAGENS DE ÉPOCA APRESENTADAS NO POWER-POINT

EM CENA II TEATRO


 ALUNAS DIALOGANDO SOBRE DIFICULDADES FINANCEIRAS DA ESCOLA


–SIMÉIA M. FOLMER DA SILVA(T.31)
– MARIÂNGELA DÖRR(T.11)
–JENIFER MACHADO FARIAS(T.34 E CURSO DE ELETRÔNICA)


EM CENA III TEATRO

MÃE E FILHA - RELATOS SOBRE AS MUDANÇAS OCORRIDAS NESTA ÉPOCA


–SABRINI MÖLLER - PROFESSORA E MÃE (TURMA 34 E DESIGN DE MÓVEIS)
–DEISI VIVIANA DOS SANTOS - ALUNA E FILHA (TURMA 26)



3º ATO - TEMPOS MODERNOS – 1990 à 2007

EM CENA I MÚSICA


BANDA PROJETO APRESENTA MÚSICA RÁDIO PIRATA(RPM) E IMAGENS NO POWER-POINT DE PROJETOS E EVENTOS E DA ESCOLA NOS ANOS ATUAIS.




AGRADECIMENTOS

A TODOS AQUELES QUE COLABORARAM PARA A REALIZAÇÃO DESSE ESPETÁCULO EM ESPECIAL AS PROFESSORAS E ALUNOS COLABORADORES.
POWER POINT- PROF. ELIANE REBECHI- PESQUISA-ACERVO, POWERPOINT, PINTURA DO GRAFITE–JADIR LUDWIGGRAFITE E PINTURA(T. 25)
JUARES DAS SILVA DUARTE JR – GRAFITE E PINTURA(T. 14)
PROF. KAMILA DE OLIVEIRA SEEFELD - ENSAIOS – MATEMÁTICA
PROF. MÁRCIA CATTANI MOURA – (KOMBI E TOGAS) – ED. ARTÍSTICA
PROF. MÔNICA ADRIANA GARCIA - ENSAIOS – BIOLOGIA
PROF. ROSÂNGELA DIAS - IDEALIZADORA, PESQUISA-ACERVO, POWERPOINT, DIÁLOGOS, PRODUÇÃO ARTÍSTICA (COREOGRAFIA/TEATRO),ENSAIOS



quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Por Rose Bia Dias

S.O.S - Crianças do Mundo/Pobres e Ricas


Quando se grita... 
Mundo!!!  
Justiça!!!
Algo vibra...

É cega...
Sei...
Senso comum...

Te vira "vagabundo"...
"Zé Carioca"...
"Zé Ninguém"...
Vai trabalhar, ganhar teu pão...
Sei lá...
Vai roubar do teu patrão...

Porque vou,
Espiar na fechadura do salão...

Movimentar...
Alguém na prisão...

Sei que é ser "carão", "lage", "sem vergonha"...
Mas o que tu "quê"???
Ladrão espia o cafetão...
Circulação...
É, dinheiro na mão...
Vendaval...
Marginal...
Verdinhas...
Metrôs mindiais...
Capitais...

Homens e Mulheres bombas...

Trilhos dos trêns...
Nos pontos de ônibus...
Nas sarjetas, nas esquinas...
Na contramão...
Escuridão... Prostitutas...
"Hummmmmmmmm!!!!"
Dólar...
Gringo “bão”...
Movimentando o galpão...
Correria...
Galerias do porão...
Frio na barriga...
Depois calorão...
Carrão...
Mulheres e homens por algum tostão...
Cheiração...
Fumacê...
Cachimbo da morte...
Chegou aqui em casa também...

Ah é tu vai ver... "Bico de Luz"... "Dedo duro"...
Pólvora é o que tu vai “vêe”, "mané"...

"Ehehehehe, milhões pra valer... Manda fuzilá"...
Alouuuu!!!! Sim!!!
"Aks 47 pro Nenen"...
Granadas ...
Grana, poder é o jogo!!!
Guerra é guerra...

Crianças, jovens...
Pequenos-grandes ladrões...

Seres...
Menino de Aveyron!!!
Meninos e Meninas Favelados!!!!
Mundo...
Planeta...
Universo...
Revoltem-se...
Com Gandhi...
Com paz...
Crianças nos salvem!!!
Por favor!!!!
Adultos cruéis que somos...
Please!!!
S.O.S Adultos...

As luzes das cidades ascendem...
Começa a batalha dos "deuses"...
País que a gente “quê”...
“Todo rolandolerísmo dá nisso”!!!
Expressão ouvida na tv por um senador do brasil...
A Mega Sena da Virada...
Arruda é o ganhador...

Pode? Quem votou neles?
Eu?
Putz... Sei lá não lembro...
São tantos “mamando nas tetas”!!!
Progressistas, Petistas, Peemedebistas...
Lavagem de dinheiro...
Azeredos, Joaquins, Dirceus, Joãos, Jeffersonnnnssss...
Mensalão...
Malas na mão!!!
Ah agora é Arruda... Meias, Palitós, Envelopes,,, Nossaaaaaa!!!
Panetones...
É melhor...
Malas!!!! Mais grana...
Buaáaááááá...
Eleição?
Voto em branco?
Nãooooooo!!!

Tropical...
Vento...
Brisa...
Bacanal...
A fome é legal...
A Cut é legal...
Canibal...
MST original...
Salvem a Amazônia!!!

De quem???
Do Chico Mendes ou da Dora???
Dos Ahaninkas ou Curumins...
"Selvagens"???
Eles...
Ou nós civilizados???

Reforma agrária???
O que vai ser da CUT???
Desvio de grana???
Crime???
Roubar galinha?
Propriedade Privada?
Propriedade Coletiva?
Sovietes... Bolcheviques...
Muro de Berlim... Ditaduras sem fim.

Sem lei...
Massacre...
Ditatorial... Sem individualização... Imposição...
Guerra Fria... Horrores sem dados...
CIA, KGB, Homens de Preto, Nasa, Área 51...
Poder-ter, Poder-saber!!!

Informação.
Conhecimento...
Olhem as mãos...
Perseguição...
Olhem os olhos...
No fundo deles...

Povos da Floresta!!!
Santo Daime...
União do Vegetal...
Floresta do Mundo...
Povos da Floresta...
Mãos calejadas...
Arar a terra...
Quem tem terra?
Índios do Brasil?
Biopirataria... Ahahahhahah...
Dívida Externa Paga??? KKKKKK...

Quem fez a partilha?
Sesmarias... Revolução Industrial...Ouro Negro...
Primeiros cortiços...
Fábricas e galpões...
Favelas atuais...
Soterrados...
Os barracos...
As mansões...

Natureza faz a Revolução?
Extinção???

Tristeza não tem igual...
Só o samba anima o pessoal?
Samba raiz, sabe, isso sim que é bom!!!
Loucura pra fugir do cotidiano aprisional...

Morte, a única certeza racional...
Loucura???
Razão???

Barulho infernal...
O caveirão...
Maioral...
Sabe como é, tal e tal...
Rotina semanal...
Terminando com o pagode do Vidigal...
Alegria terminal...

Fogos...
Preparar o arcenal...
General...
Senhores do Morro...
Calam as batidas dos pandeiros...

Clientes afoitos e sedentos...
Crianças, jovens guerreiros...

Engrenagem dos terreiros...
Futuro traiçoeiro...
Senhores das armas...
Investimento a curto prazo...
Lucro, mais-valia...
Fruto do suor...
Trabalho, é só isso...
Vendas... Capital...
Guerra, controle, tráfico...
Corpos, órgãos, armas, ...
Drogas???

Adultos...
Grana...
Crianças do mundo...

Holocausto...
Todos os dias...
Toda hora...
A cada minuto...
Segundos...
Foice...
Covas comuns...
Indigentes...

É tem muita gente...
O planeta é um só...

Nepal... Camboja, Vietnã, Hiroshima, Nagasaki, Venezuela...
Amigo do Lula lá... quem diria...

América, Europa, África, Oceania...
Sobrou?
Antártida e Pólo Norte.

Ufa sem sangue humano...
É que lá não tem gente...
Só tem urso, pingüins...
Ah, mas é sangue igual?!

E lá que tá a água doce do planeta...
Dos dois tipos de animais
O Racional e o Irracional...
Que tal?

Humm, e o degelo?

Enchentes... Catástrofes...
Tsunamis...
Planeta Vivo...
Homens-formigas...
Casas atingidas...
Escuras, frias...
Esperando o próximo grito de horror...

Guerra civil...
Raios iluminam os becos...
Sombrio...

Maus encontros...
A foice...

Tempestades...
Furacões...
Pixotes...
Tropas de Elite...

Geração Beat!!!
Poetas do Brasil...
Em verdades...
Acordamos...
Em mentiras...
Afundamos...
Juntos...
Detonamos...
Com palavras...

Fora armas!!!
Fora Lulas!!!
Fora Estado de "Bem-estar-social"!!
Fora o podre-poder...

Corrupção...
Descarada...

Felinos!!! Amaldiçoados!!! Canibais...
Fedor... Podre... Vômitos... Escrotos...
Rebeldia... Movimentos Sociais...
A polícia prende...

Políticos saiam dos esgotos...
Melhor, vazem pra eles!!!

E Viva!!!
Bezerra da Silva, Gil, Caetano, Titãs, Raulzito, Paralamas, Engenheiros, Racionais, Rappa... Pink Floyd...

Não sou tijolo pra levar tiro!!!
“Another brick in the wall”...

Sou gente, branca, negra, amarela, azul, mameluca...
Ah é, sou pobre...
Ah sim, "pobre"...
É claro...
Não podre, fedido, demagogo e hipócrita.

O que adianta viver com o banal?
Com medo do vendaval???

Crianças-Sábias...
Na hora certa...
Farão...
Farta alegria...
Viver e viver...

A engrenagem girou.
Esquecida.
Desconstruída.
Amalgamada.
Enterrada.
Futuro é agora...
Que não seja mais confundida.

Em consumo total!!!
Civilizacional...
Cidadão neo-liberal!!!

Em ser apenas mais um peão...
Em jogo de azar.

"Povão". "Pobres"."Ferrados".
Sem renda.
Sem poder de compra...
Excluídos...
A margem...
No limite...
Sem saída...
Incêndios...
Florestas...

Em selvas de pedras...
Nova Ioque, Paris, São Paulo, Tóquio, Cingapura, Nova Deli, Hong Kong...

Migrações para onde tem comida!!!
"Revolução migratória" para Negri...
Fronteiras... Livres...
Riqueza...
Países do Norte.

Castas, Classes...
Xenofobias...
Neo-nazistas-stalinistas-fundamentalistas- terroristas-capitalistas.
Poder.

Alienação.
Mito da Caverna.
Platão.
Ilusão.

Aconteceu...
Vibrou...

S.O.S em mim,
Anarquia em ti.
Paradigmas pra eles!!!
Revolução pra todos!!!
Minorias-em-maiorias...
Marx, socialismo científico.
Lênin, Trostky, socialismo real.
Stalin, comunismo ditatorial.

Ilusão???

Não, sangue...
Inferno Capital...
Paraíso fiscal...
Suíça  e Brasil não só do carnaval...


Aos poetas e poetisas...
Às crianças do Brasil...
Às crianças do Mundo...
Às crianças do Universo...

A geração que não morreu na praia...

Algo vibrou aqui...
Em mim...

Dizem os intelectuais franceses que o Brasil será o país da Revolução Cultural!!!

Meio-paradoxal!!!

S.O.S Planeta.
S.O.S Universo.
S.O.S Brasil.


Sem essa de deitado eternamente...

É...
Algo mais terá que mexer aqui...

Mais do que o Brasil Varonil...

Ir além do intelectual...
Precisa ser sobrenatural...
Meio paranormal...
Ser Fênix...
Ter uma teoria com espírito de justiça...
S.O.S.

Rose Bia Dias


05/11/09

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ensaio "Como Pensamos o Corpo-que-Dança" Projeto Escola Felipe Marx de Taquara/Rs- 2003



                         COMO PENSAMOS O CORPO

(..)“Quanto mais conhecemos as coisas como necessárias tanto maior é a potência da alma para pensar. Quem tem um corpo apto para um grande número de coisas possui uma alma cuja maior parte é eterna, eternidade não sendo imortalidade além-túmulo, mas identidade entre ser, existir e agir em ato” 0


                         Sabemos que esses corpos formam uma constelação de produtos cobiçados para exibir, “como se fossem um cartão de visitas de carne e osso”1. Sabemos que o corpo é objeto antropológico e para muitos estudiosos, como Kaufmann (1998) que o observa muito bem, o corpo não deve ser separado da imagem: “Diante de uma sociedade complexa, a pesquisa tende a se especializar, criando por vezes algumas fronteiras inadequadas. A que separa o corpo da imagem, organizando-os em dois mundos de reflexão distinta, é especialmente prejudicial na medida em que não ajuda a compreender o lugar cada vez mais importante do olhar na reunificação do saber.”2

Trabalho há mais de dezoito anos como bailarina e professora lecionando danças em escolas, para crianças e jovens menos favorecidos. Aos poucos, e bem aos poucos, este tema vai aparecendo com mais nitidez, principalmente quando se consegue ter um bom referencial teórico, Guattari, Deleuze, Foucault, Espinosa, Rolnik. Então, “isto” que pensamos estudar vai tomando corpo. Sabemos se tratar de um estudo complexo. Mas a curiosidade é maior que o “medo” de fracassar...

                      Em meio a empiricidade desses anos, sentimos a necessidade de aprofundar essa prática cientificamente. Já que surgiu essa luz e a dúvida aflorou, pois o olhar antropológico aguça logo após ocorrido com o "Menino Selvagem", antes e pós as oficinas de dança, percebíamos que havia um motivo para tais "oscilações" comportamentais? "...ele não usava talheres para se alimentar, parecia "Victor, o menino selvagem de Aveyron", depois que começou a participar das aulas de dança mudou radicalmente",  - disse sua professora de sala de aula para professora de dança. ( Menino que participava oficina SESI-Igrejinha no ano de 1999) ( O "menino Selvagem de Igrejinha", foi motivo para iniciar estudos científicos, e retomar curso trancado Unisinos de Ciências Sociais/mais tarde TCC /2003). Chegou a hora para aprofundar essa hipótese principal.,  Mergulharemos nas subjetividades dos corpos-que-dançam.3



                         Tem muitas maneiras de olhar, de pensar o corpo. Pensar, por exemplo, um corpo que vai além da estética, do conceito de beleza. Sabemos que todo corpo contém inúmeros outros corpos "virtuais" que o indivíduo pode “atualizar” por meio da manipulação de sua aparência: roupas, cosméticos, atividades físicas. A esse corpo chamado pelos antropólogos de “virtual”, aquele que é apresentado pela mídia; nada mais é que um corpo de mentira, porque é medido, calculado e artificialmente preparado antes de ser traduzido em imagens e de tornar-se o que chamam de corpolatria. Estes corpos disciplinados, catalogados pela mídia; e que são cordialmente convidados a considerar seu corpo defeituoso porque mesmo gozando de perfeita saúde, seu corpo não é "perfeito" e “deve ser corrigido” por numerosos rituais de autotransformação, sempre seguindo os conselhos e normas veiculadas pela mídia...
Mas essa antropologia, a do visual do corpo, não nos interessa neste trabalho, isso não significa que estamos o tratando de igual forma como a mídia o trata: uma coisa, um objeto. É justamente o contrário que pensamos estudar. Pensamos ultrapassar os limites da representação, que os transforma rapidamente em corpos estereótipados, porque disso as academias brasileiras parecem ser verdadeiras instituições pedagógicas do corpo, porque seguem, e é lógico, sobrevivem por este pressuposto; aliada aos interesses financeiros e compactuando com a mídia; uma complementa a outra; porque na verdade a preocupação principal dos corpos que procuram seus serviços está intimamente ligada a estética, mais do que esportiva.





Por esse motivo pensamos estudar os corpos-que-dançam não pela visão antropológica da“estética” e sim por seus devires subjetivos. Corpos que não estão apenas relacionados a sua estética-mídia, mas ligados ao movimento de romper com imagens prontas, como a de que o corpo deva ser uma moeda “erótico-social.” 4 Por outro lado, os corpos-que-dançam podem , se quiserem, permitir um "devir-sensação", para conseguir ativar um "novo"corpo, que iremos chamar de um "corpo-sensação", ou seja, um corpo capaz de não apenas  dançar, mas de afetar e ser afetado por outros corpos. Corpos “carentes” não mais de devires estéticos, mas sim de serem “tocados” por sentimentos... Que se sintam desejados por suas paixões, seus pensamentos e suas ações...



A dança como vetor para apurar sensibilidades? Apurar nos corpos -que-dançam e observar se agenciam  sentimentos,  paixões,  afetos e desafetos, de ter o poder de afetar, desfazendo o mito do "corpo ideal", o "corpo-bailarino", por exemplo. Cartografaremos se o ato de dançar está intimamente ligada com devires do sentir, do viver mais que corporais; e como estes corpos-que-dançam agenciam essas sensações com os "outros", os  corpos-que-assistem, por exemplo.

Sabemos que os corpos-que-dançam por uma economia do desejo, por sua vez, podem desembocar em fenômenos de catástrofes, de buracos negros como podem agenciar novas suavidades, singularizando-os. Queremos entender como esses corpos-que-dançam acionam esses desejos afetivos? Quais são as intensidades dessas mutações na “produção de subjetividade” 5 ?
Essas são algumas das hipóteses relevantes para os nossos estudos científicos. 





Sabemos que os corpos-que-dançam não funcionam apenas nas questões ideológicas, porque quando dançam já estão em um processo para sua singularização. Queremos entender como e porque ocorre esse processo de “singularização”6  ? Singularização essa que acontece quando já se está consciente deste processo subjetivo ou da sua importância para que ocorra o movimento, a ruptura, a liberdade de expressão na essência do ser“subjetivo-capitalístico”.7



Queremos entender quando este passa a produzir essas matérias de expressão criando para si e para o todo a tomada de consciência coletiva, "é quando o inconsciente cobra um ser humano essencialmente humano”8, através da afirmação de outras maneiras de ser.

A arte de dançar pode ser este "território-desejo"?

Um movimento para o dançar sem medo, sem vigiar, sem punir, sem culpa?
 “É claro que esses corpos-que-dançam são exigidos, a disciplina, a técnica, pois é o que lhe “habilita”como bailarino, caso contrário seria impossível haver o movimento dos corpos, a “ linha dura, sedentária, molar, consciente, dos territórios.” 9  se faz necessária.

Esta linha dura, sedentária, consciente, dos territórios se faz necessária porque é a linha do movimento de forças que os corpos-que-dançam percorrem, oscilam. É quando "territorializam".9 Ela funciona como um “estabilizador” que chama o corpo-disciplinado de volta... È impossível ficar o tempo todo "desterritorializado"9; enlouqueceríamos...

Aceitamos a existência do "corpo-disciplinado-que-dança", este corpo permite o acesso ao corpo-sensação? "linha  flexível, molecular, inconsciente, das atrações e repulsas, dos afetos e de suas simulações. em um corpo-vibráti" .10 

Será que estes corpos-que-dançam elevam a potência desse corpo-vibrátil?
Que tipo de sensações a dança provoca?
A dança é esse veículo que potencializa a produção de subjetividades não capitalísticas?

Como interpretam e aplicam em seu cotidiano essas sensações, essas paixões? As aprisionam?Ou as libertam?  Como esses corpos-que-dançam vivem esses movimentos, acionam tais forças?   Como esses corpos-que-dançam vivem as “coisas do mundo”?
Como interpretam os movimentos de protesto do inconsciente?
Como “mutilam” forças internas micro-fascistas?” 11



Mas o que é "subjetividade capitalística"?

 
Sabemos que a subjetividade “não se situa no campo individual, seu campo é de todos os processos de produção social e matérial”.12  A maior parte das interpretações modernas da subjetividade provém de uma base filosófica do domínio de uma suposta natureza humana. É quando a subjetividade aciona modos de individuação, ou seja, é quando a subjetividade diz "eu," ou "super-eu".

Para autores como Gilles Deleuze e Félix Guattari, defensores do capitalismo enquanto produtor de subjetividades, acreditam que o sistema vigente é uma grande fábrica que produz uma subjetividade social. Para eles, produz inclusive aquilo que acontece conosco quando sonhamos, quando fantasiamos, quando nos apaixonamos. A essa máquina propõem ser possível desenvolver modos de subjetivação singulares que seria uma forma de recusar todos esses modos ou pelo menos alguns, preestabelecidos de manipulação, de telecomando...

A principal característica  da produção de subjetividade capitalística seria a de bloquear processos de singularização e instalar processos de individuação: homens reduzidos à condição de suporte de valor onde a "culpabilidade" é uma de suas funções.

Para lidar com essa problemática não precisamos passar por uma psicanálise, mas sim por procedimentos “micropolíticos”, na instauração de dispositivos particulares que dissolvam esses elementos de “culpabilizaçao” dos valores “capitalísticos”.

Outra função da economia subjetiva capitalística, e talvez a mais importante é a “infantilização”, porque pensam por nós; a produção e a vida social, tudo tem que passar pelo Estado, e essa relação de dependência do Estado é um dos elementos essenciais,  segundo Guattari para consolidar o pensamento dominante com relação a subjetividade “capitalística”.

A ordem capitalística é então projetada na realidade do mundo e na realidade psíquica. Está claro, a partir do pensamento de Guattari e Deleuze, que ela incide nos esquemas de conduta, de ação, de gestos, de pensamento, de sentido, de sentimento, de afeto, etc.
Está presente nas montagens da percepção, da memorização, chega e atinge as categorias do Ego, Superego, Ideal do Ego. Então a subjetividade capitalística fabrica a relação do homem com o mundo e consigo mesmo.

 Mas porque aceitamos isso?